Hi guys! How y’all doing? Hoje iremos discutir um assunto polêmico, vide a recente eliminação das nossas garotas na copa do mundo, mas pensamos que seria válido comentar o porquê da seleção estadunidense feminina ser tão vitoriosa e consistente em torneios ao redor do globo. Nossas históricas rivais têm de ser respeitadas, sobretudo num esporte que é majoritariamente dominado por homens. Então enquanto não a superamos, vamos falar das atletas do U.S. e o que podemos aprender com elas! Deixando novamente claro, que iremos sempre estar com as nossas queridíssimas campeãs brasileiras, mas venham conosco!
Um grande beijo a nossa grandiosa artilheira Marta!
1.As estadunidenses possuem a maior base de jogadoras do mundo.
Nos Estados Unidos, o futebol (ou soccer, pois football nos Estados Unidos é o futebol americano, enquanto na Inglaterra football é futebol regular – jogado no pé, o que sinceramente acho correto) é vinculado diretamente às mulheres. Enquanto os homens vão para o futebol americano, basquete ou até beisebol, a bola jogada no pé fica exclusivamente às mulheres. Segue a mesma lógica do Brasil em relação aos meninos, que desde crianças recebem o incentivo de praticar o esporte, em média aos 7 anos. Tradicionalmente, elas começam em casa ou em pequenos clubes desportivos, e já desde muito pequenas aparecem oportunidades para se jogar em clubes oficiais. Isso faz com que as meninas tenham a mesma perspectiva que os homens em relação ao seu futuro e carreira, tendo uma boa base e o talento necessário, um bom futebol pode ser uma janela imensa de possibilidades. Estudos mostram que há aproximadamente 9,5 milhões de meninas/mulheres jogando bola, e comparado ao nível mundial que compreende 13,3 milhões de jogadoras praticando o esporte, os E.U.A representam 71% de todas as jogadoras de futebol feminino no mundo.
2.Maior investimento.
Não há boas atletas sem um investimento potente em seu futebol, que possa levar as jogadoras ao estrelato e vitórias de campeonatos. Foi justamente a U.S. Soccer (semelhante a CBF aqui no Brasil) que também alavancou o sucesso da seleção e treinamentos de base efetivos. Foi com tal ótimo investimento que as garotas conseguiram se manter no topo durante muito tempo, criando uma verdadeira hegemonia, respeito e temor com relação à seleção durante tanto tempo. E isso é reconhecido até mesmo pelas atletas, que travam na Justiça uma batalha contra a entidade reivindicando igualdade nos pagamentos e nas condições de trabalho em relação à seleção masculina. As jogadoras permanecem não elogiando a entidade, mas reconhecem que o apoio desta é essencial para alavancar o nível de jogo.
3.Renovação.
Os Estados Unidos nunca tiveram (e nunca terão) um grande símbolo nacional como a nossa fantástica Marta, porém durante os anos que se passaram, boas estratégias foram criadas para se manter uma consistência na qualidade de jogo. Nós termos a Marta é um fato impressionante, mas pode acarretar uma pressão enorme na jogadora que pode também atrapalhar a dinâmica dos jogos (tal qual ocorre com o nosso Neymar). Nos Estados Unidos, em cada geração se tinham algumas craques que vinham tanto de uma nova geração, como da própria geração e como da velha geração, e esse diálogo sempre pareceu funcionar ao longo dos anos. Como mencionado, se aposta muito nas jogadoras de base, e renovando nesse ritmo sempre há um novo ar a ser respirado entre as jogadoras em campo, inclusive reforçando o bom colaboracionismo entre as jogadoras, característica marcante do futebol americano. Jogadoras experientes dizem que uma consciência coletiva que é difícil de encontrar em outros times do mundo é o que que alimenta o surgimento de novas craques dentro de campo, que também são líderes fora dele. As atletas de hoje sempre fazem questão de mencionar as que vieram antes delas.
4.Reivindicações coletivas.
Desde sua primeira copa do mundo, em 1991, as jogadoras sempre foram politicamente ativas, e para além do grande investimento (diria que muito mais que tal), a força política das jogadoras foi um grande catalisador em suas conquistas. Em 1991, as jogadoras foram com os uniformes que restavam da seleção masculina, e realmente não possuíam o apoio necessário da U.S. Soccer, para se ter uma noção das condições precárias que as mulheres têm de enfrentar. Mas toda jogadora (toda mulher, para ser mais exato) é uma guerreira corajosa e perseverante, e isso iria se demonstrar em todos esses anos que se passaram. Elas se uniram fortemente, e com tal união conseguiram barrar e avançar em sua busca por direitos de salário, infraestrutura, apoio à base e patrocínio. Isso pode ser evidenciado pela fala de uma jogadora, que sintetiza o feeling coletivo: “Infelizmente ainda sobra para as jogadoras fazer isso (lutar por igualdade). Esperamos que chegue o dia em que as jogadoras não precisem levantar a voz nessa luta. Mas acho que é importante ter jogadoras que continuam lutando e é isso que temos visto hoje no mundo todo. Espero que chegue um momento em que não precisemos mais lutar.”
Adaptado por :
Professor:
Teacher Yohan Gabriel
Professor de inglês particular e em escolas de idiomas para todas as idades, ensina inglês com música, filmes e cultura. Estudante de Letras/Inglês da Universidade Federal da Paraíba. Morou e estudou na Inglaterra e no Canadá. Ama os Beatles. Produtor de conteúdo para o Site da FFA. Teacher da Fully Fluent Academy desde 2022
Professora:
Teacher Clara Dias
Estudante de farmácia pela Universidade Federal da Paraíba e professora particular de inglês para todas as idades. Gosta de ensinar através de elementos a cultura pop e de trabalhar as individualidades de cada aluno. Produtora de conteúdo para o Site da FFA. Teacher da Fully Fluent Academy desde 2022
